Resposta Social: Centro de Atendimento, Acompanhamento e Reabilitação Social para Pessoas com Deficiência e Incapacidade (CAARPD)
O CAARPD é composto por duas valências:
o Apoio em Regime Ambulatório e o Centro de Atividades Ocupacionais.
Psicologia
Terapia Ocupacional
Terapia da Fala
Fisioterapia
Serviço Social
Psicomotricidade
PSICOLOGIA
Na Paralisia Cerebral, a Psicologia tem como foco a melhoria da qualidade de vida, dando ênfase à adaptação e conhecimento de cada indivíduo das suas competências e limitações. Acompanha e avalia as características psicológicas, promove o desenvolvimento das capacidades, auto-estima e autonomia colocando o cliente como seu próprio agente de mudança. Junto dos familiares/cuidadores tem como objetivos principais a interação familiar e a gestão emocional e de expetativas individuais.
A Psicóloga tem como principais funções:
• Entrevista clínica
• Avaliação psicológica
• Intervenção psicológica individual e de grupo a clientes e seus familiares
• Acompanhamento dos clientes nas diferentes fases da vida e contextos de integração
• Articulação com a equipa técnica transdisciplinar no processo de (re)habilitação/desenvolvimento global do cliente
• Colaboração com a equipa do Centro de Atividades Ocupacionais
• Participação em ações de sensibilização e (in)formação à população e/ou técnicos de serviços locais
TERAPIA OCUPACIONAL
A Terapia Ocupacional abrange a prevenção, avaliação, tratamento e habilitação da pessoa com disfunção física, mental, de desenvolvimento, social e outras, utilizando técnicas terapêuticas integradas em atividades selecionadas consoante o objetivo pretendido e enquadradas na relação terapeuta/cliente, com vista a proporcionar o máximo de autonomia nas funções pessoais, sociais e profissionais assim como melhoria da qualidade vida.
Destacam-se como principais áreas de intervenção:
• Elaboração e aplicação de programas terapêuticos baseados na avaliação e diagnóstico, no âmbito da Terapia Ocupacional;
• Proporcionar as experiências necessárias ao desenvolvimento global da criança;
• Avaliação e facilitação das Actividades da Vida Diária (AVD´s) proporcionando maior autonomia e independência no quotidiano;
• Avaliação e estudo de produtos de apoio ou adaptações para substituir as funções perdidas ou maximizar as existentes;
• Orientação terapêutica aos cuidadores e outros;
• Avaliação das acessibilidades e adaptação de equipamentos nos diferentes contextos, promovendo uma maior e melhor integração do indivíduo.
TERAPIA DA FALA
O Terapeuta da Fala
É o profissional responsável pela prevenção, avaliação, intervenção e estudo científico das perturbações da comunicação humana, englobando não só todas as funções associadas à compreensão e expressão da linguagem oral e escrita mas também outras formas de comunicação não verbal. O Terapeuta da Fala intervém, ainda, ao nível da alimentação (ASHA, 2007).
Avalia e intervém em indivíduos de todas as idades, desde recém-nascidos a idosos, tendo por objetivo geral otimizar as capacidades de comunicação e/ou alimentação do indivíduo, melhorando, assim, a sua qualidade de vida (ASHA, 2007).
É papel do Terapeuta da Fala:
• Assegurar o despiste de perturbações de comunicação o mais precoce possível;
• Avaliar todas as funções e aspectos relacionados com as competências do indivíduo;
• Intervir ao nível das perturbações da comunicação, como parte integrante de equipa multidisciplinar no programa global de reabilitação;
• Planear intervenção no contexto global do programa de reabilitação, tendo em conta as necessidades individuais de cada caso;
• Intervir indiretamente através orientações aos familiares e outros profissionais envolvidos no programa de reabilitação, no sentido de melhorar a performance comunicativa;
• Utilizar técnicas específicas de tratamento, entre as quais o recurso a Sistemas Alternativos e/ou Aumentativos à Comunicação, passando pela utilização dos meios e dispositivos – produtos de apoio.
• Levar a cabo ações de sensibilização e/ou de formação na área;
O principal objectivo do Terapeuta da Fala é facilitar ao máximo a possibilidade de uma Comunicação Funcional.
FISIOTERAPIA
O fisioterapeuta, na Paralisia Cerebral, realiza uma abordagem específica, baseando-se numa avaliação da criança/jovem com alterações motoras. Intervém através do movimento, sendo este incorporado numa atividade funcional, de modo a maximizar o potencial de movimento e funcionalidade.
Áreas de intervenção:
• Avaliação do desenvolvimento da pessoa com PC.
•Definição de objetivos de intervenção, de acordo com as necessidades e potencialidades do cliente e respetiva família;
•Promoção do desenvolvimento motor, capacidade funcional e melhoria da qualidade de vida dos clientes;
•Prevenção e redução do aparecimento de possíveis deformidades que privam ou limitam a participação da criança nas atividades
•Avaliação e adaptação de produtos de apoio para cada cliente no sentido da prevenção de deformidades ou melhoria da função;
•Orientar e aconselhar a família, professores e outros intervenientes no desenvolvimento do cliente relativamente a formas de manuseio e posicionamento nas rotinas diárias e nos diferentes contextos;
•Intervenção e colaboração em atividades complementares tais como a hidroterapia.
O fisioterapeuta faz parte de uma equipa multidisciplinar, da qual a família tem um papel fundamental.
SERVIÇO SOCIAL
O Serviço Social na Paralisia Cerebral intervém junto dos clientes e suas famílias, identificando as suas potencialidades/ competências, assim como a suas vulnerabilidades/ necessidades. O acompanhamento do Serviço Social não é um processo estanque, é um processo interativo, que trabalha com os clientes de uma forma holística, ao nível do indivíduo, do grupo e da comunidade, de modo a assegurar o bem- estar e a qualidade de vida dos clientes e famílias. Tendo por base sempre a justiça social, a defesa dos direitos e das relações humanas, de modo a fomentar a autonomia e o “empowerment” dos cidadãos com PC.
A Assistente Social tem como principais funções:
• Identificar os problemas sociais, realizar aconselhamento, atendimento e visitas domiciliárias;
• Intervir com indivíduos, famílias, grupos e comunidades,
• Desenvolver processos de articulação, de negociação e de mediação entre cidadãos, serviços públicos e outros organismos sociais;
• Estimular a participação ativa e da corresponsabilização dos clientes e suas famílias;
• Articular a sua atuação com outros profissionais das áreas de saúde, educação e social;
• Participar na conceção e definição de políticas sociais, intervenção na respetiva aplicação, reformulação, execução e avaliação.
PSICOMOTRICIDADE
A Psicomotricidade é a área que investiga as relações e influências entre o campo psicológico e o campo motor. Tem como principal objetivo promover a capacidade do indivíduo agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Tem como base 11 principais domínios de atuação:
-Padrões do desenvolvimento motor;
-Posturas e movimentos atípicos;
-Capacidade de regulação tónica (adaptação dos níveis de contração muscular de acordo com as necessidades da ação);
- Coordenação dos movimentos (fluidez, segurança);
- Processos de regulação da atividade (inibição motora, passividade, agitação, dificuldades de atenção);
-Perceção e estimulação sensorial;
-Orientação espácio-temporal;
-Esquema e imagem corporal;
- Competências subjacentes à realização de atividades da vida diária e aquisição das aprendizagens escolares;
- Comunicação verbal e não verbal;
- Jogo simbólico e imitativo
A Psicomotricidade intervém em três níveis, o preventivo, educativo e reeducativo/terapêutico. O nível preventivo baseia-se em promover e estimular o movimento, incluindo a melhoria e manutenção de competências de autonomia ao longo de todas as fases da vida. O nível educativo pretende estimular o desenvolvimento psicomotor e o potencial de aprendizagem. O nível reeducativo/terapêutico atua quando a dinâmica do desenvolvimento e da aprendizagem está comprometida ou quando é necessário ultrapassar problemas psicoafectivos, de base relacional, que comprometem a adaptabilidade da criança. A Psicomotricidade tem cinco técnicas de intervenção de suporte, técnicas de relaxação e de consciencialização corporal (reelaboração do esquema e da imagem corporal, consciencialização tónico-emocional); educação gestual e postural (reeducação da atitude, equilíbrio e controlo tónico); atividades expressivas (criação e transformação ao serviço da identidade, comunicação e exteriorização de problemáticas); terapia e reeducação gnoso-práxica (organização, planificação, integração e representação da ação) e atividades lúdicas (jogo sensoriomotor, jogo simbólico, jogos de interação, com utilização de regras).
A valência de CAO presta apoio através de uma equipa constituída por um Animador Sociocultural e seis Ajudantes de Educação e tem como objetivos:
Atividades de debate, ciência, expressão plástica e artística, desporto e culinária fazem parte da rotina do CAO. Todas as atividades são planeadas com a orientação da Equipa Técnica, e com o objetivo de potenciar a capacidade de cada cliente.
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